ePrivacy and GPDR Cookie Consent by Cookie Consent Dr. Gustavo Morales · Obesidade · Plasma de Argônio

Obesidade Plasma de Argônio

A cirurgia do bypass certamente é uma das cirurgias bariátricas mais realizadas no nosso meio. No início do uso dessa metodologia, várias perguntas surgiram quanto a sua real efetividade a longo prazo:

Será que o estômago remanescente dos pacientes (pouch gástrico) aumentará de tamanho com o passar dos anos? E a gastrojejunoanastomose (emenda cirúrgica) entre o pequeno estômago e a alça de intestino delgado aumentará seu diâmetro com ao longo do tempo? Caso afirmativo, isso irá refletir no reganho de peso a longo prazo nos pacientes submetidos a essa técnica cirúrgica?

Hoje, passados pelo menos 20 anos, podemos responder a todos esses questionamentos com muita segurança e embasamento científico: o tamanho do estômago não muda, porém é possível que o diâmetro da anastomose aumente, podendo ocasionar reganho de peso, principalmente, depois do quinto ano de pós operatório.

Esse aumento de peso é diretamente proporcional ao aumento progressivo do diâmetro da gastrojejunoanastomose. Como o estômago esvazia mais rápido, o paciente deixa de sentir restrição alimentar e saciedade precoce, reganhando peso progressivamente.

Várias técnicas endoscópicas para o fechamento da anastomose foram utilizadas, nessa última década, no intuito de contornar essa situação e tentar reduzir novamente a anastomose. Nos dias de hoje, a aplicação do plasma de argônio, a endossutura endoscópica ou a aplicação da técnica mista, utilizando-se os dois métodos, são as técnicas mais utilizadas e com maior sucesso terapêutico.

O popularmente conhecido "plasma de argônio" nada mais é do que um procedimento endoscópico, terapêutico, ambulatorial que visa à redução do diâmetro dessa anastomose que cresceu.

Como funciona?

Utilizando o módulo de cauterização chamado "argon plasma coagulation" podemos realizar uma hemostasia térmica superficial, em toda a circunferência da anastomose, produzindo um halo de queimadura com aproximadamente 1cm de espessura. O médico calcula, através das variáveis fluxo de gás e potência do cautério, o grau de profundidade dessa queimadura. Cabe ressaltar que não existe contato físico entre a ponta do cateter que lança o gás e a superfície da mucosa, reduzindo com isso a chance de complicações como perfuração.

Essa úlcera rasa, produzida propositalmente em toda a circunferência da anastomose, gera uma resposta inflamatória local com o estímulo de uma célula de reparação tecidual chamada fibroblasto, que por sua vez, produz uma retração cicatricial, reduzindo com isso o diâmetro da anastomose. O objetivo é trazer de volta esse diâmetro para medidas entre 8 e 10mm para termos uma excelente resposta.

O número de sessões de plasma para cada caso vai depender do diâmetro inicial da anastomose e da cicatrização tecidual que varia entre os pacientes. Pacientes com anastomose de 35mm de diâmetro necessitam de muito mais sessões do que aqueles com 15mm por exemplo. O intervalo entre sessões não pode ser inferior a 30 - 40 dias.

Os resultados a curto e médio prazo têm sido excelentes em termos de perda de peso. Estudos a longo prazo ainda necessitam ser realizados.

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