ePrivacy and GPDR Cookie Consent by Cookie Consent Dr. Gustavo Morales · Patologias · Câncer de Intestino Grosso

PatologiasCâncer de Intestino Grosso

Considerado o terceiro tipo de câncer mais frequente em homens (após próstata e pulmão) e o segundo entre as mulheres (após o câncer de mama), o câncer colorretal é um tumor que acomete o intestino grosso (subdividido em cólon e reto). Esta doença está se tornando cada vez mais incidente na população brasileira. Segundo dados do INCA, estimam-se, para cada ano do triênio de 2020-2022, teremos 20.540 casos de câncer de cólon e reto em homens e 20.470 em mulheres.

Apesar de ser altamente prevalente em indivíduos a partir de 65 anos, nota-se também o avanço nos registros de crescimento do quadro entre os jovens. Recomenda-se o início do monitoramento preventivo da doença, por meio do exame de colonoscopia, aos 45 anos. Se houver histórico na família, esse rastreamento deve ser iniciado antes.

Com o avanço dos casos, é inevitável o surgimento da pergunta: é possível evitar o surgimento do câncer colorretal? A boa notícia é que a resposta é afirmativa. Com uma alimentação adequada, rica em vegetais, controle do consumo de carne processada ou vermelha, prática regular de atividade física e check-up através da realização do exame de colonoscopia, é possível prevenir ou evitar o aparecimento da neoplasia.

O câncer de cólon se caracteriza por ter uma cinética tumoral lenta. Sua história natural, desde a primeira mutação celular na mucosa do órgão até ao carcinoma avançado, dura em torno de 10 anos. Entretanto, esse crescimento ocorre de forma traiçoeira, sem gerar sintomas ou sinais de alerta. Quando os sintomas de sangramento digestivo ou obstrução fecal surgem, o tumor geralmente já está bem avançado. Por isso temos que diagnosticar antes, ainda na forma de lesões benignas chamados pólipos.

Os pólipos de intestino grosso são lesões elevadas que acometem a camada superficial interna (mucosa) do órgão. São facilmente vistos e removidos durante um exame colonoscopia.

Preparo intestinal adequado, aparelho com uma boa imagem e médico endoscopista proficiente na técnica são variáveis importantes para o sucesso diagnóstico dessas lesões polipoides.

Os pólipos, do ponto de visto histológico, podem ser de células normais (hiperplásicos), de células inflamatórias, de células tumorais benignas (adenomas) e, por fim, de células tumorais malignas (carcinomas).

Os adenomas, com o passar do tempo, podem progredir para carcinoma (tumor maligno). O médico endoscopista consegue, através da colonoscopia, interromper esse processo, evitando essa transformação, removendo o tumor benigno precocemente através da polipectomia.

Todos os pacientes com idade de 45 anos devem fazer Colonoscopia. Quando apresentam algum fator de risco como história familiar positiva para câncer de cólon, reto ou mama, ou obesidade ou histórico prévio de pólipos intestinais, antecipamos a realização do exame em 5 anos.

Quando não conseguimos evitar através da prevenção o surgimento do tumor e nos deparamos com pacientes já acometidos pelo carcinoma de cólon, partimos imediatamente para o estadiamento da lesão.

O estadiamento descreve aspectos do câncer quanto a localização, se disseminou apenas localmente, se invadiu órgãos circunjacentes ou se já mandou metástases à distância. Saber qual o estágio do tumor ajuda na definição do tipo de tratamento e a prever o prognóstico do paciente. 

O câncer colorretal inicial (in situ) é denominado estágio 0 e, em seguida, os estágios variam de 1 a 4, onde o estágio 4 significa que a doença está mais disseminada.

O sistema de estadiamento utilizado para o câncer colorretal é o sistema TNM da American Joint Committee on Cancer (Tumor, linfoNodo, Metástase), que utiliza três critérios para avaliar o estágio do câncer:

  • T.
    Indica o tamanho do tumor primário e até onde se disseminou na parede do cólon ou do reto. Essas camadas incluem o revestimento interno (mucosa), o tecido fibroso (submucosa), a camada muscular espessa (muscular própria) e as camadas finas e mais externas do tecido conectivo (subserosa e serosa).
  • N.
    Sinaliza se existe disseminação da doença para os linfonodos regionais próximos.
  • M.
    Indica se existe presença de metástase em outras partes do corpo, como fígado ou pulmões.

Os critérios de estadiamento seguem a avaliação clínica e patológica. O estadiamento clínico observa a avaliação do paciente e seus exames complementares e o patológico considera a avaliação histopatológica sendo bastante preciso. Estas avaliações se complementam e corroboram para a melhor decisão terapêutica possível para cada caso clínico.

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